Monday, December 7, 2009

É 1100 mano ?

"Justiça nega regime semiaberto para irmãos Cravinhos" ... aqueles manos do caso Suzane von Richthofen, lembra ?

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Em 1999 eu estava atrás da minha primeira moto "de verdade". A "1100" (Suzuki GSX-R1100), à primeira vista, era uma opção bem interessante, pois era/é uma moto muito potente. A potência, aliás, na época, era o único parâmetro que eu sabia avaliar. Depois de alguma pesquisa, a "750" (Suzuki GSX-R750W) surgiu como uma opção mais interessante, ainda que menos potente era mais leve, manobrável, equilibrada, e por tudo isso mais segura. E foi uma ótima escolha ...

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Potente e colorida, a 1100 teve os seus momentos no seu tempo (1986-1998). Mas em 1995 foi lançada a CBR900RR, em 1996 a SRAD, e em 1998 a R1 e a ZX-9R segunda geração. Em qualquer estrada que não fosse uma reta infinita, a 1100 estaria em grande desvantagem. As novas motos eram cerca de 50 quilos mais leves e possuíam uma ciclística muito superior. Assim, já era a 1100, em 1998, um fóssil vivo, tanto que a Suzuki decidiu encerrar a produção da moto no final daquele ano. E ninguém reclamou ...

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Para aqueles que pararam no tempo, no imaginário dos apreciadores esporádicos, a 1100 continuou viva. Não como um modelo da Suzuki, mas sim como um número, cabalístico e supremo, símbolo da moto perfeita. Durante todo este tempo que eu curti este hobby, moto após moto, a pergunta que eu mais ouvi, seja de familiares, amigos, frentistas, motoboys, motoristas de ônibus, pedintes e transeuntes, sem sombra de dúvidas foi ... "é 1100?".

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Um bom colega do trabalho, há 3 meses, perguntou que moto que eu tinha. Eu disse "uma Honda Fireblade", e ele me perguntou se era 1100. 10 anos depois que a moto parou de ser fabricada! Ha, ele ouviu o sermão inteiro. Nem Suzuki a minha moto é! Aliás este texto vai me facilitar um bocado. Da próxima vez que eu ouvir a pergunta mágica, eu não vou abrir a boca, vou é mandar este link. Em relação ao meu camarada, toda vez que nos encontramos, agora, ele me pergunta como vai a "1100". Comédia ...

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Fechando o raciocínio, não seria injusto dizer que a 1100 virou a moto do zé ruela. "É 1100?", traduzido, significa "eu sou um zé ruela e não entendo nada de moto". 

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Não é que depois do absurdo do assassinato, com o dinheiro que recebeu pela empreitada, em 2002, Cristian Cravinhos resolveu comprar uma motoca, e advinha que modelo o rapaz comprou? Alguém acha que ele poderia comprar algo diferente ? Deus não joga dados ...

Foto da moto comprada pelo psicopata


Curioso ainda é saber que a moto chamou a atenção da polícia. Hahaha, se eu fosse o investigador eu nunca teria prestado atenção na moto, o psicopata poderia estar solto até os dias de hoje. Quem sabe, parado num semafóro, ele até poderia colar do meu lado e perguntar "é 1100 também?"

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Quanto mais eu ouço esta pergunta, menos eu sei responde-la. Não sei nem por onde começar ...